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18.5.11

Português? É tudo uma questão de resultados.

por Silvio T Corrêa

Antes desse furdunço por causa do livro "Por uma vida melhor", eu perguntei para uma professora de português por que não era mais ensinado sujeito, predicado, oração, adjuntos. Ela me respondeu que era tudo decoreba e o ensino, hoje, é feito contextualizando (seja lá o que isso quer dizer) esses conceitos. Eu resolvi encerrar a minha conversa.

Uma professora de Matemática tem alunos que não sabem fazer contas e, claro, nem a tabuada, porque o professor não o obrigou a decorá-la.

Agora vem essa história, ridícula — nesse caso —, de linguística. Me perdoem, linguística é para linguistas. Querer utilizar conceitos científicos no dia-a-dia das pessoas é como dizer que o DETRAN vai fiscalizar se a luz dos faróis está fazendo a curva correta, só porque o Einstein provou que a luz, sob condições, "faz curva" — vai que tem um buraco negro no caminho.

Imaginem uma aula para alunos de 12 ou 13 anos, moradores em ambiente hostil. O professor está falando sobre conflitos — peguei pesado, mas serve como exemplo —, quando um aluno levanta e pergunta: "Para resolver o conflito eu posso matar a pessoa?"

O professor, naturalmente, responderá: "Você pode, mas corre o risco, se for pego, de sofrer preconceito social e prisional."

A mim parece que tem muita gente querendo conquistar os seus 15 minutos. Não conheço a autora, não li o livro, mas assisti a entrevista. Se a autora quiser escrever um livro e afirmar que o "errado está certo", é problema dela, porém, a partir do momento que esse livro é entregue em escolas, passa a ser um problema de todo brasileiro e sob um olhar, restrito, à função da escola de ensinar e desenvolver cidadãos, e não sob um olhar linguístico.

Portanto, de nada vale se linguisticamente o posicionamento está correto. A redação no vestibular vai se lixar para a linguística; o entrevistador, ao primeiro "nós vai", dispensará o candidato; em um ambiente de competição, que vivemos hoje, basta um "pra mim fazer" para ser desqualificado, mesmo que a área seja física "subatômica".

Bem, o resto que eu poderia dizer não acrescentará qualquer benefício, como sei que esse próprio texto não acrescentou para muitos. Aí, vai da consciência de cada um e de qualquer maneira, torço para que seu filho, seu sobrinho ou seu neto não esteja aprendendo nesse livro. O meu, se estivesse, eu tomaria alguma providência séria.

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19.12.10

A questão do “gentleman”

por Silvio T Corrêa

Hoje quero abordar uma questão bem do cotidiano. Principalmente dos homens, mas que não são os únicos a terem problemas com a falta ou o excesso de gentileza, e isso vale para o campo pessoal e profissional.

Abrir a porta do carro para a dama entrar; estender a, famosa, capa de chuva sobre a poça, para a dama passar; acender o isqueiro ou o fósforo quando a dama queria fumar ? hoje, esse hábito está fora de moda ?; chamar para dançar e tantos outros que eram prerrogativas dos verdadeiros gentlemens, ou cavalheiros, quase desapareceram do dia-a-dia dos homens e das mulheres, exceção feita quando o homem corteja a mulher.

Mas hoje, com a gratificante emancipação das mulheres, a coisa mudou. Não é verdade?

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6.10.10

O Peão que queria ser Rei

por Pedro Miguel Miralante

Era uma vez um peão que se sentia, pelas pressões à sua volta, muito pequeno, insignificante. Internamente, porém, achava-se grande. Seu sonho era ser Rei e por causa disso, tinha o apelido de Reizinho.

Esse peão, do exército de Pedra Vermelha, sempre foi avesso aos treinamentos, apesar das constantes insistências de Fatim, o Mestre Enxadrista de Chess.

Para azar do guerreiro, ele era o Peão do Rei que, geralmente, é o primeiro a dar a cara pra bater. Além disso, por ficar na área central da arena (tabuleiro) de guerra com a nobre tarefa de auxiliar no bloqueio do adversário e no apoio aos guerreiros amigos, tem sempre uma grande chance de ser "tomado" pelo inimigo. O que ele queria mesmo era ser Peão da Torre ou Peão do Cavalo.

Por mais que Fatim procurasse explicar a importância e a missão nobre do peão, além de afirmar que um peão jamais poderia ser um rei, Reizinho estava irredutível e batia o pé, afirmando que ainda seria rei.

"Vê lá se eu vou querer ser sempre peão. Cansei de ser uma peça qualquer. Quero ser o rei, quero ser o chefe." – afirmava Reizinho para quem quisesse ouvir.

Reizinho tentava, de todas as formas, ser o Peão do Cavalo ou da Torre, pois reza que esses peões são mais difíceis de serem capturados. Cansou de pedir ao seu Rei que permitisse a troca e nunca conseguiu lograr sucesso.

Ao contrário, o Rei via no seu peão, o Reizinho, um potencial combatente, já tendo tido boas participações em vitórias. Contudo, a soberba de Reizinho não permitia que ele próprio se enxergasse dessa forma.

Em uma batalha-treino, os companheiros de Reizinho, o Peão da Rainha e o Peão do Bispo do Rei, resolveram, com o consentimento do Rei, auxiliá-lo a chegar à última linha e poder trocar de "cargo". Claro, o peão teimoso nada sabia.

Assim aconteceu. Reizinho chegou na última linha do campo de batalha e começou a gritar: “Sou rei, sou rei! Eu consegui! Sou o Rei! Agora ninguém me segura. Sou o Rei de Pedra Vermelha!”

Fatim teve uma ideia e reuniu os dois exércitos.

Todos voltaram ao campo de batalha, tomando os seus lugares.

Todo garboso, Reizinho pôs a coroa e o manto do Rei, sobrando pano para todo lado.

Após vestir-se, Reizinho, o Rei, tomou seu lugar na arena de guerra. E levou um baita susto quando olhou para o seu exército e o exército adversário!

Pela primeira vez Reizinho entendeu que a altura do Rei não era sem motivo. Ele precisa ser alto pra enxergar e comandar o seu exército.

Ao sinal de Fatim, os companheiros passavam informações, ao Reizinho, da localização de cada componente, de cada exército.

De algum ponto do campo de batalha veio a ordem: Xeque Mate!

Nos dias seguintes, Reizinho andava pensativo.

É certo que o Rei o perdoou e ele foi reintegrado ao exército, mas sua vontade de ser rei estava, agora, ainda mais forte.

Com afinco passou a participar dos treinamentos com Fatim; nos horários livres vivia enfurnado na biblioteca de Chess, estudando táticas e estratégias de guerra; estudou uma enorme variedade de aberturas, ataques e defesas executadas por Reis e enxadristas do mundo todo – Chess e Terra.

Reizinho estudou cada integrante do exército, suas funções e responsabilidades. Se tivesse outra oportunidade, ele não a deixaria escapar.

A oportunidade surgiu em uma batalha real. Entretanto, Reizinho não era o mesmo peão de outrora. Agora ele tinha o conhecimento; conhecia as responsabilidades do Rei; sabia que cada componente do exército tinha sua função.

Estropiado, derrotando cada adversário que surgia e sendo auxiliado pelos companheiros, Reizinho chegou à fronteira do campo de guerra e podia tornar-se o que desejasse.

Todos ficaram apreensivos. “Será que Reizinho vai querer, novamente, ser rei?” – era o pensamento de todos.

Da posição que estava, podia perceber que o Rei encontrava-se a ponto de ser “tombado” e a Rainha, localizada em uma posição desfavorável. Percebeu, então, que para a vitória do seu exército era necessário despojar-se de qualquer orgulho e vaidade e assumir a segunda Rainha. Dessa forma poderiam sair vencedores.

Graças ao gesto de Reizinho e o trabalho em equipe, o exército de Pedra Vermelha venceu a batalha.
__________________________________________________________

Esse conto parte do livro “Rei, Peão e CIAestá sendo publicado com a intenção de que seja avaliado.

Os contos do livro, partem de uma narrativa central, vivenciada no planeta Chess e no planeta Terra. A narrativa central e os contos tem ligação com o jogo de Xadrez, que serve como pano de fundo.

O livro é dirigido ao público infantil e jovem. Pedro Miguel Miralante é pseudônimo de Silvio T Corrêa, para os livros voltados a esse público específico.

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13.9.10

PÁSSAROS DE MARTE

por Rose de Castro

Amanheceu. Abri as janelas como de costume para ver o brilho do sol e o canto dos pássaros. Que estranho... Estava tudo tão estranho... Um dia lindo de sol e não havia pássaros pendurados ao varal, nem mesmo nos fios onde costumam ficar pendurados junto às rolinhas esperando-me com suas migalhinhas de pão.

Senti um aperto no peito. Tremor. Não havia vento. As plantas estavam paradas, silenciosas, tristes; tive a impressão de vê-las chorar.

Olhei para minha planta verde e amarela que chamo de brasileirinha (porque não sei o nome dela) encontrei-a em um lugar distante e trouxe uma muda. Em pouco tempo ela tornou-se enorme.... Nessa terra tudo dá e ele se deu também. Cresceu... Cresceu... Ficou bela e faz festa na minha retina. Na terra onde semeei desabrochou o meu amor por ela.

Passei os olhos pelas roseiras e descendo os olhos localizei uma viuvinha. Também não sei o nome deste pássaro. Seu peito é branco e suas asas são pretas. Chamam-na de viuvinha. Também não sei quem inventou.. Que importa? É linda e o contraste do preto e branco torna-na mais bela.

- Olá viuvinha! Como vai? Que faz sozinha e tão cabisbaixa?

- Você não sabe? – Perguntou-me ela.

- Não... Nada sei... Acordei agora. O que houve?
Os pássaros se foram para Marte.

- Para Marte? – espantei-me e insisti – Como aconteceu e por que isso?

- Ah... Descobriram que lá há gelo e atrás do gelo há água. Conheceram outras formas de vida que os apoiaram e alimentaram. Cantam e brincam soltos. Não sentem fome, pois há fartura. Não temem o homem, pois lá não habitam. Cantam, brincam, alimentam-se. Não precisam de mais nada... E o ar? Nossa... Que ar puro...

- E por isso foram embora? – Nada estava entendendo. Estava perplexa e indignada

- Claro amiga humana. Está impossível sobreviver neste lugar que chamam de Terra.

- Minha viuvinha amada... Que bom que você ficou... mas...me diga... Porque você resolveu ficar e não seguir seus companheiros?

- Para fazer jus ao meu nome.

Chorei. Sem meus pássaros, não me resta mais nada...

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10.9.10

Lançamento do livro O Destino de Maria, de Eliane de Freitas

o_destino_de_maria

Livro: O Destino de Maria

Autor: Eliane de Freitas

O lançamento será na Livraria Cultura, no Shopping Market Place  -- Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 – São Paulo – SP.

Quando? Dia 11 de setembro, das 18h às 20h30min.

Como chegar? Veja aqui.

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20.8.10

Sobre o preço dos livros

por Rafael Rodrigues -- Digestivo Cultural

...
O preço de custo de um livro com cerca de 150 páginas pode chegar a ser até 5 reais, na hipótese de uma tiragem de 1000 exemplares. Sim, 5 reais. Isso depende da gráfica onde será impressa a obra, no caso de você ser um autor independente. Para as editoras, o preço de custo pode ser um pouco maior. Um título da CosacNaify, por exemplo, com certeza custaria mais que isso. Mas um pocket da L&PM pode custar bem menos. Depende muito da tiragem, do tipo de edição, do trabalho que envolveu a edição da obra. Foi feita uma nova tradução? A capa é dura? Um grande autor escreveu a orelha? Foi necessário contratar especialistas para fazer uma revisão técnica do livro, além da revisão textual? Tudo isso gera maiores gastos. Portanto, vamos trabalhar com um valor médio de 10 reais.

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18.8.10

Sobre a atividade de escrever.

Postei esse texto na comunidade EAE – Escritores, Autores & Editores, no LinkedIn.

Por achar um tema importante e porque muitos que recebem o aviso pelo Twitter atuam como escritores, resolvi postar o texto por aqui.

Quem quiser acessar a comunidade, clique aqui.

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Postei a matéria do Digestivo Cultural com a entrevista com o autor Ryoki Inoue, sem antes ler a matéria. O periódico Digestivo Cultural é confiável.

Fui ler antes de deitar. Pra que?!! Quase não dormi à noite, pensando no que havia lido.

Pra quem pretende ser escritor e quer, tentar, viver disso, é uma bela pancada na moleira.

E o "pior" é que não há como discordar do que diz o Ryoke. Depois que decidir tentar ser um autor bem sucedido, você escreve ou escreve. Não existe outra saída.

Eu, particularmente, tenho a visão desse autor quanto a literatura de entretenimento. Já cheguei a comentar aqui, no "Escritores, Autores e Editores", que literatura boa, para mim, é aquela que traz prazer ao leitor.

Eu não sei em relação aos demais escritores (publicados ou não) mas eu, Silvio Corrêa, preciso encontrar uma forma de produzir e publicar os livros que escrevo. Claro que com essa visão, eu acabei fazendo um retrospecto da minha vida como escritor e quero compartilhar com vocês, esperando que vocês também compartilhem a própria experiência. Talvez possamos, assim, gerar um material que auxilie aos que agora iniciam.

Quando comecei a escrever e publicar em jornal, não pensava em ser um autor (escritor com livro publicado). Queria escrever apenas artigos e crônicas, que na época falavam sobre Qualidade Total e alguma coisa de relacionamento.

Durante muitos anos fiquei nas crônicas, artigos e contos, disponibilizando-os em jornais e, posteriormente, em sites da internet.

Minha formação, como engenheiro e analista de sistemas, me permitiu atuar como engenheiro, analista, consultor, facilitador de treinamento e professor universitário, também nas áreas de Qualidade Total e Gestão de Pessoas. Essas atividades sempre me permitiram uma boa vida. Sem luxos, mas uma boa vida. Em 2003/2004, com 48 anos, resolvi assumir a carreira de escritor.

Sabia que iria depender do apoio financeiro da Walkíria, minha esposa, para sustentar a casa. Minha reserva não era grande.

Acho que meu primeiro erro foi não alugar -- nem que fosse um quartinho -- um local para desenvolver minha nova carreira. Talvez, por não contribuir com os proventos da família, não quis contribuir com os gastos. Ainda assim, consegui escrever o "Quem Comeu minha Goiabada?".

Quem trabalha ou trabalhou em regime de home-office, tem uma família e não tem uma "secretária do lar" para limpar, passar e cozinhar, sabe que essas preocupações acabam tomando conta. Ou você deixa tudo de lado, a casa fica bagunçada, não há comida pronta e as roupas estão sempre amarrotadas, ou o senso de responsabilidade (ou "dor de corno" por estar sendo um peso "morto", já que são raros os apoios e muitas censuras ) faz com que você tome a frente e, pelo menos, arrume e cozinhe. Foi o que ocorreu comigo e ainda ocorre -- hoje menos, pois os filhos cresceram, mas ainda estão em casa.

Publicar -- papel e cola; e-book; POD ; e-readers -- é um debate muito importante, mas não posso publicar se não tiver "o que" publicar. Preciso escrever.

Eu não tenho preconceito contra nenhuma vertente literária. Seja auto-ajuda, terror, fantástica, "água com açúcar", suspense ou outro. Eu acho que é preciso produzir.

Hoje, acho que não colocaria o "Quem comeu minha goiabada?" como um e-book copyleft. Cobraria, nem que fosse R$1,00 ou R$2,00, mas faria o leitor pagar alguma coisa pelo meu trabalho.

Brasileiro -- não sei se apenas nós -- tem a mania de: "de graça, até injeção na testa". Então, baixar um e-book gratuito, mesmo que não se pretenda lê-lo, é tranquilo e acontece sempre. Por isso a discrepância tão grande entre o que meu livro baixou como e-book e quanto ele vendeu como "papel e cola".

Então, fica difícil para eu colocar o "derrière" na cadeira e pesquisar, escrever, pesquisar, escrever... No último conto -- 7 páginas no A5 -- que escrevi do livro atual, foram gastos 14 dias. É muito tempo!

Não quero debater soluções mágicas e/ou mirabolantes. Gostaria de "ver" experiências com as quais pudéssemos aprender.

Grandes abraços,

Silvio T Corrêa

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9.6.10

Atender com excelência, o diferencial para o sucesso da sua empresa

por Cadu Reis

Você entra em uma loja e começa a olhar os produtos em exposição, a sua volta duas vendedoras conversam sem a menor cerimônia e fingem que você não está dentro da loja. Mas você é persistente e não desiste, faz uma pergunta sobre um produto e a reposta vem rápida: "Não temos o produto em nossa loja", uma resposta cujo único intuito é te despachar o mais rápido possível para fora da loja. Isso já aconteceu com você? Bem-vindo ao clube!

A insatisfação é geral, as reclamações só aumentam e sua empresa não cansa de pregar o famoso discurso "O cliente em primeiro lugar", e nós sabemos que isso é uma mentira, uma falácia. O consumidor está descontente, é maltratado, não consegue entender como gasta seu dinheiro em empresas como a sua, que atende mal, que maltrata, que zomba da cara dele, enfim que faz questão de mostrar que ele é um "lixo".

E mais: o consumidor quer entender como ele gasta tanto com telefonia móvel, recebendo um tratamento inadequado? Ele quer saber por que a empresa de TV a cabo não atende com educação? Estamos à beira de um colapso, poucas empresas conseguem tratar bem seus clientes, e valorizar o que já conquistaram com o intuito de reter e fidelizar este seleto grupo de consumidores que gastam na sua empresa.

Um mau atendimento custa caro, precisamos conquistar dez novos clientes fiéis para compensar o estrago causado por um único consumidor furioso. Você já parou para pensar nisso?

O atendimento por excelência é a única maneira de você produzir resultados satisfatórios para sua empresa, aumentando o lucro e tendo uma garantia de crescimento sustentável. Uma carteira de cliente fiel e rentável custa bem menos do que a conquista de novos clientes. Sabemos que precisamos sempre de novos clientes para sustentar o aumento de lucro e até para estancar as perdas de uma parcela da carteira atual de clientes, mas temos sempre que checarmos os procedimentos, o que não está dando certo e fazer a mudança necessária para evitar perda desnecessária. Afinal perder um cliente é sempre desnecessário, basta tratar bem.

A empresa que atende com excelência e qualidade sabe: Não subestimar as queixas dos clientes; pedir desculpas quando erra; ouvir de verdade o seu cliente; solucionar rapidamente os problemas dos clientes; criar processos para facilitar a vida dos clientes e suas reclamações; mudar os processos quando algo vai errado; e mais, sabe recompensar seus clientes pelo constrangimento do mau atendimento.

O investimento em treinamento, sistemas de tecnologia, controle sobre os produtos oferecidos, é o grande diferencial das empresas que se propõe a fazer a diferença em um mundo onde o mau atendimento domina. Vale lembrar que "Atender bem" deveria ser uma obrigação e não um diferencial, mas nós sabemos que não é bem assim que funciona.

Faça a diferença na vida das pessoas, treine sua equipe, atenda bem, cresça com responsabilidade e garanta um futuro melhor para a sua empresa. Afinal não faz bem nem para o bolso, nem para o ego, estar na lista negra dos clientes. Lembre-se que hoje com a internet, um cliente furioso pode fazer um estrago enorme a imagem da sua empresa e de seus colaboradores.

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Cadu Reis exerceu cargo de gerência em empresas das áreas financeira, marketing, varejo e na indústria da moda. Atuou como empresário por 9 anos no comércio varejista e no ramo de entretenimento. Atualmente é consultor e palestrante especialista em Marketing de varejo, além de manter o blog http://consumoevarejo.wordpress.com, onde escreve sobre o marketing e as novas tendências de consumo.

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27.4.10

Comunicado: EAE no Yahoo

Grandes colegas -- por gosto, hobby ou profissão -- das letras, bom dia!

Esse comunicado é para informar que foi criado o Escritores, Autores e Editores - EAE, no tradicional Yahoo, na forma de um grupo de discussão por e-mail.

O EAE está presente no LinkedIn, no Facebook, no Twitter, no Ning, no Blogger e no Plaxo. Para cada local, houve um motivo para criar, além da rede social. Não existe pretensão de criar um novo ambiente.

Não sei se acontece com vocês, mas sinto falta da interação que ocorre na lista do Yahoo e que acho importante para a EAE.

A intenção é, também, fazer do Yahoo um espaço para catalisar e congregar os demais ambientes.

Vou, na medida do possível, enviar os convites para os participantes de todos os espaços. mas deixo abaixo o endereço da página e o endereço de e-mail para quem quiser fazer o cadastro.

http://br.groups.yahoo.com/group/escritoresautoreseeditores/

escritoresautoreseeditores-subscribe@yahoogrupos.com.br

Abraços.

Silvio T Corrêa

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23.4.10

Desencanto

por Natalia Chagas

Não sabia que ‘inda doía tanto
o findo amor que acabou em pranto.
Da esperança mais bela fiz o manto
bordado de fé e encanto,
mas para o meu espanto
nossa estória foi p’outro canto.
O canto do desencanto
do amor que nego tanto
e, no entanto dói-se em pranto!
O amor-desencanto:
Desencantou
Desencantou
E o canto da dor ecoou

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16.4.10

Fragilidade.

por Luiz França

Caríssimos leitores, confesso: sou um homem fragilizado. Explico: vivemos uma era de conflitos, de concorrência de poderes, da confrontação com o passado, de questionamentos sobre nossa superioridade, da agonia de sermos quase substituíveis - eu disse quase e é por enquanto -, de solidão e carência afetiva e até depreciação da estima.

Desde o tempo das Amazonas - e eu ainda acredito que eram mitos, mas...- "nunca antes na história deste" planeta as mulheres estiveram tão por cima, tanta autonomia de escolha e opiniões contundentes. Os homens do passado tentaram de tudo para subjulgá-as - mesmo à força -, enquadrá-las, torná-las dependentes e vulneráveis, mas aos poucos elas foram descobrindo a força que tinham e de passo em passo foram reconquistando seu espaço, seus direitos e sua liberdade. Tornaram-se competitivas e independentes. Fizeram de nós, com muita doçura e habilidade, meros expectadores de seu sucesso. Fez-nos parecer caixas de sabão em pó numa gôndola de supermecado, restando-nos a sorte de sermos escolhidos num monte de iguais.

Toda mulher é, sem dúvida, uma sereia que com seu canto e encanto leva qualquer homem ao abismo da dependência e devoção, e nós adoramos. Faz de qualquer um, do inocente ao mais experiente um gatinho que lhe massageie sovando dos pés ao ego.

Na verdade, sabíamos disso desde o começo. Somos o lado mais frágil da espécie e apenas tentávamos ocultar isso. Da pior maneira, queríamos dominar para não sofrer. Porém, tudo não passou de um blefe.

Hoje, não escolhemos: somos escolhidos. Fingimos dominar uma verdade que elas nos fazem acreditar. E vibramos. Sem elas não temos rumo, não construimos algo e nem ao menos futuro. As mulheres são como droga que entorpece, vicia e mata se as deixarmos. Mas percebo que detestam que as tratemos só com delicadeza o tempo todo. Precisam do desafio, são umas loucas. Gostam de se divertir conosco, como felinas brincando com um ratinho, antes devorá-lo. Só nos resta o amor próprio porque o orgulho já foi pro ralo faz tempo. Era tudo o que queríamos, acredite.

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24.3.10

A Cerveja na Sala de Estar

Napoleão Pataca chegou eufórico.

– Mulher! Venha ver o quadro que eu comprei!

– Napoleão, meu filho, você foi gastar dinheiro!!??

– Veja, não é uma beleza?

A mulher olhou de lado, de cima, atrás, virou a obra de cabeça pra baixo, e soltou a bomba.

– Que droga de quadro é esse?
   Duas garrafas de cerveja? E vazias?

– É a última moda. Estão até fazendo uma amostra em Madri.

– Amostra não! Mostra! Mostra, Napoleão!

Triste, ele me contou que teve que devolver o quadro.

Mas a cerveja já deveria ter status de obra de arte ou pelo menos, ser considerada de utilidade pública. Algumas louras, muito menos importantes, – nem cogito se deveriam ser consideradas de utilidade pública – já foram consideradas arte em diversos segmentos.

A cerveja é uma grande companheira. Não é pra você? Pois pra mim, ainda que não seja a amiga de todas as horas, temos um encontro semanal!

Fico imaginando o que Leonardo Da Vinci teria pintado com esse tema. A Cerva Lisa; uma mona louríssima com um sorriso meio safado. Michelangelo faria o seu Davi segurando uma tulipa com um colarinho de fazer inveja. O nosso Portinari, na tela “O Morro”, teria, com certeza, destacado uma birosca com um grupo de pagode cervejando e a mesa abarrotada de latas e garrafas.

Acabei de atender o telefone e era o Napoleão, perguntando se deveria comprar uma pintura de uma loura depravada. Desaconselhei-o, é claro.

Nessa mostra em Madri, parece que alguns artistas usaram o tema – cerveja – em obras abstratas. Vamos parar de brincadeira! Já existem diversas pinturas, famosíssimas, que poderiam fazer parte da exposição. Ainda que nessas obras não se consiga visualizar uma cerveja – nem qualquer outra coisa –, a abstração é tanta que certamente o autor deveria estar de porre.

Sendo essa mostra no Brasil e já teríamos a Bienal da Cerveja, Beer Week ou outro nome pomposo. Claro, um evento fechadíssimo e patrocinado por marcas nacionais e importadas. Fosse um evento aberto e não sobraria uma tela para contar história, alem do tumulto na entrada do evento. “Oba! Cerveja de graça!”

O Napoleão, feliz da vida e sempre querendo estar na onda, acabou comprando um abajur – a única “obra” que a esposa permitiu –, feito com uma garrafa de cerveja, dessas chiques, e colocou-o na mesinha da sala de estar. Ele jura que a garrafa é original.

Já avisei pra tomar cuidado! Tem muito falsificador de “obra de arte”, espalhado por aí, ainda mais se tratando de cerveja. Tem gente levando “oxigenada” por “loura”.

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17.3.10

Bebo porque é líquido...

por Silvio T Corrêa

De pés juntos, ele jura que o Presidente Jânio Quadros disse essa frase. Quem jura? Napoleão Pataca. Diz até que estava presente no momento.

De minha parte não digo que sim e nem que não. Fico de fora nessa.

Mas essa conversa aconteceu porque perguntei se ele, Napoleão, sabia o que é “ressomação”. Você sabe? Peguei você! E não adianta chamar o Aurélio ou o Aulete, porque eles também não sabem.

De início achei que fosse um novo método de ensinar matemática. Algo como fazer a soma 2 vezes para comprovar que o resultado está certo, ou errado. Não era.

Especulando mais, já que ninguém sabia o significado, arranquei fora o prefixo e fui atrás da “somação”. Achei! Fiquei contente, mas por pouco tempo.

“Variação morfológica não hereditária; modificação somática”, é a definição do Aurélio. – OK! Modificação do corpo! Mas por que, diabos, tem o “re”? Resolvi deixar esse imbróglio para o pessoal da etimologia.

Agora – eu, pelo menos, só soube agora – o pessoal verde inventou um modo ecológico de “descansar” o defunto. A ressomação.

Simplificando, o sujeito vira líquido. E se passar por um processo de purificação dá até pra bebê-lo.

Bem, era sólido, depois virou pó e depois virou líquido. Só falta o gasoso, que o Napoleão já disse que vai patentear com o nome de “gás harmonioso”. Portanto, quem já pensou nisso, trate de correr, pois ele já está trabalhando no invento e, diz, só falta pressurizar o vapor numa embalagem, para que a família possa guardar de recordação.

Já sei, está pensando que é gozação minha. Não é não! Entra no Google e digita: ressomação. Viu? Eu falei, não falei?

Imagino o ministro encomendando o corpo. “Terra à terra, cinza às cinzas, pó ao pó e porque não dizê-lo, também, água à água”.

Não tenho nada contra virar líquido. Ao contrário, parece ser natural, pois dizem os que conhecem, que somos compostos de 73%, um pouco mais um pouco menos, de água. Assim, imagino ser mais fácil a transformação em líquido do que em pó.

Se o corpo de um adulto carrega 45l de água, quanto será que vão devolver aos entes do extinto – nunca um sinônimo se aplicou tão bem?

Sim, porque vai ficar estranho se entregarem apenas uma garrafinha.

– Amigo, cadê o resto da minha tia?

– Só deu isso aí.

– Pode parar! Tá guardando pro banho ou pra beber?

Por enquanto eu não escolho nada. Nem pó, nem líquido e muito menos o tradicional. Napoleão já disse que assim que patentear o invento dele, faz questão que eu seja seu cliente.

Cruz-credo!

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14.3.10

O Pãozinho

por Silvio T Corrêa

Bem, começo essa crônica me transportando à minha adolescência – naquela época não tinha “aborrescência” – no Rio de Janeiro. Primeiro no Méier e depois na Tijuca.

Minha boca enche d´água ao lembrar dos pãezinhos franceses e da bisnaga. Crocante, macia e com uma bela orelha, que junto com o bico eram disputadíssimos. Aquilo era pão!

No Méier, a padaria era na Rua Coração de Maria esquina com Rua Castro Alves. Na Tijuca eram duas: uma na esquina da Rua José Higino com a Av. Conde de Bonfim e a outra, na mesma José Higino, esquina com a Rua Antônio Basílio. Claro, e a inesquecível São Sebastião na Praça Saens Peña.

Talvez digam que esqueci da Padaria Fidalda, mas sempre a tive “em alta” para os doces e salgadinhos, como a “falecida” Confeitaria Gerbô e a inigualável torta de caramelo e o risoles de queijo.

E o pãozinho careca? Que saudades! – Mas desse eu não vou nem falar pois, parece, nem no Rio existe mais.

Sempre tive o café da manhã como principal refeição. Nem tanto pelo alimento, mas pela presença de todos à mesa. Depois, era cada um para o seu lado. Mas o pãozinho francês, delicioso, sempre esteve presente e enaltecia a reunião matutina.

Aliás, pão sempre foi uma paixão minha. Tenho livros de como fazer pão, várias receitas, mas confesso que nunca “acertei” o pãozinho francês. Dizem que é por falta do spray de água que existe nos fornos industriais. Sei lá.

Portanto, eu me gabo em dizer, muito tranquilamente, que eu sei o que é um bom, belo e delicioso pão francês.

Dizem que o pão francês é português e no Rio, são raras as padarias que não são de portugueses. Em São Paulo, parece que começou com os italianos, mas os portugueses acabaram por tomar conta.

Quando vim morar em São Paulo – primeiro no interior e depois na Grande São Paulo – curti uma certa euforia por sempre ouvir falar das padarias “por aqui”. Só depois vim saber que “por aqui” também estavam os portugueses e suas padarias.

Em quinze anos vivendo no estado “locomotiva”, ainda não encontrei o pãozinho francês, com regularidade, que me desse prazer em comê-lo, saboreá-lo. Quando encontro, é porque o padeiro errou.

“Ah seu moço. Por aqui todos gostam de pão grande.” – Disseram e dizem as atendentes de padaria.

Não sei qual o prazer um comer um pãozinho francês grande, inchado, pesado, sem gosto e sem orelha. Sim, sem orelha – a chamada “assinatura do padeiro” –, só aquela superfície lisa, sem graça.

Até pensei que quando o pão passou a ser vendido por quilo, ao invés de unidade, que fosse melhorar. Nada! Parece que povo já estava viciado no pão inchado e sem graça.

O que parece, pela qualidade do pão – oco por dentro e casca quebradiça –, é que o tal do bromato continua a fazer das suas, se metendo sorrateiramente, na calada do descanso, na massa em repouso tranquilo.

As vezes, como em janeiro que passou, encontro uma padaria que deve ter instalado um sistema antibromato. O pão, em todo dia e a qualquer hora, sai do mesmo jeito. Com a mesma cara bonita, tamanho regular, apetitoso.

Encontrei em Itatiaia, uma das últimas cidades fluminenses da Dutra, antes da divisa. Não pestanejei. Comprei 30 pães e trouxe para congelar. A diferença é tão grande que mesmo depois de 4 horas de viagem, com o sol batendo forte, o pão chegou melhor do que o fresquinho, ao lado de casa.

Tenho pensado em investir numa padaria ou num forno de padaria, só para comer um pão francês que preste, ou então vou fazer como o americano e comer, apenas, pão de hambúrguer.

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6.3.10

Livro “Ferramentas digitais para jornalistas” está disponível para download. (espanhol e português)

fonte: http://www.comunique-se.com.br

A versão em português do livro “Ferramentas digitais para jornalistas”, da argentina Sandra Crucianelli, está disponível para download gratuito no site do Knight Center for Journalism. A publicação reúne o conteúdo de cursos desenvolvidos pela jornalista e serve como um manual prático sobre como usar a internet no trabalho diário.

A versão original, em espanhol, já foi baixada quase 10 mil vezes. A tradução para o português foi feita pelo jornalista Marcelo Soares, instrutor de reportagem com auxílio do computador e colaborador de diversos veículos.

O livro traz dicas de como acessar bancos de dados e documentos oficiais, obter informações em redes sociais, usar leis de acesso à informação, compartilhar vídeos e áudios, além de tratar de outros temas, como direitos de propriedade intelectual e bases de artigos acadêmicos.

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25.2.10

Aviso: Escritores, autores e editores

Oi pessoal!

Finalmente o meu livro, livrinho, pequeno livro – são apenas 80 páginas em um formato próximo ao A6 – foi lançado. Como demorou para isso acontecer!

Na verdade não era nem um sonho, no início.

Pra comemorar, vou sortear um exemplar entre os participantes da EAE – Escritores, Autores e Editores – dos canais Facebook, LinkedIn e Ning, para aqueles que se “arriscarem” a lê-lo.

Peço licença para contar a história desse livro.

Bem, ainda que não fosse um sonho no início, sabemos que quem escreve quer ter o seu texto lido e, se possível, comentado. Assim como o cozinheiro – o “chef de cousine” ou aquele que cozinha em casa – quer ter seus pratos saboreados e apreciados pelos comensais, o escritor também escreve para os leitores, pois eles são os “comedores” dos seus textos.

Em 2003, após a leitura rápida – e não poderia ser de outra forma – do “Quem mexeu no meu queijo?”, do Spencer Johnson, pensei na possibilidade de continuar àquela história. Por motivos corriqueiros, acabei iniciando o livro “Quem comeu minha goiabada? ”.

Não tendo como publicá-lo, disponibilizei como e-book, na opção copyleft e no formato Creative Commons. Não demorou e o e-book disparou, tendo ficado até o final de 2009, quando retirei do E-book Cult, na lista dos 10 mais “baixados”. Somando todos os downloads, em todos os sites, o total ficou próximo a 200 mil.

Logo após disponibilizá-lo na rede, fui procurado por uma editora de Campinas que se interessou em publicá-lo em “papel e cola”.

Para mim foi algo fantástico. Primeiro porque não tinha esperança de vê-lo em papel e segundo, pela dificuldade que sei de publicar um livro por uma editora (trabalhei na Ediouro), dado a quantidade de manuscritos que os editores recebem. A ressalva é feita quando a edição é bancada pelo autor.

clip_image002Mesmo com contrato assinado, a editora “correu” e acabou não publicando. Eu fiquei na saudade.

No final do ano passado, recebi um e-mail da Editora Ferreira, do Rio de Janeiro, querendo publicar o “goiabada” pelo selo “Ferreira Negócios”. Achei que fosse uma brincadeira. Não era!

Em janeiro passado, o livro saiu e em março já deverá estar disponível nas prateleiras das livrarias. Em modo online, já está sendo vendido.

Assim, meus caros companheiros das letras – bem ou mal traçadas –; divido com vocês essa que, para mim, está sendo uma grande alegria.

O cadastro, para os interessados no sorteio, é feito em http://silvio.correa.nom.br/home/sorteio/ . Leiam, lá, as regras do sorteio.

Só valerão os cadastros efetuados até as 24h do dia 06 de março de 2010.

Um grande abraço a todos.

Silvio T Corrêa

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30.11.09

A Mudança

Por Silvio T Corrêa

Escrito em 2004

Raffaello Almeida sempre foi um excelente profissional. Com o próprio esforço, fez carreira dentro de uma multinacional, partindo de uma posição de auxiliar de escritório, já que naquela época eram raros os atuais programas de estágio, que garimpam os candidatos promissores.

Fluente em quatro línguas, mestrado em Stanford, porte atlético, praticante de esportes e voraz leitor, Raffaello estava a um passo de tornar-se o principal executivo da empresa.

Luzia Amarello, também mestre por Stanford, onde conheceu Raffaello, abriu mão dos seus sonhos profissionais para tornar-se dona de casa e mãe compromissada. Isso foi decidido por ocasião do nascimento do primeiro filho, que hoje está tentando o vestibular para a carreira de médico. O segundo filho do casal, um ano mais novo, pretende seguir a carreira de ator.

Luzia, já com os filhos crescidos e praticamente livres da “barra da saia”, decidiu, para ocupar o grande tempo livre, escrever. Como não passava de um hobby, não mostrava a ninguém os seus textos. Nem mesmo Raffaello sabia dessa atividade de Luzia.

À noite, quando Raffaello chegava mais tarde, o que acontecia de três a quatro vezes por semana, Luzia debruçava-se sobre o seu notebook e escrevia sem descanso.

Ele chegava cansado pelos problemas que tinha que resolver na empresa, mas procurava não comentar em casa, na ilusão do sexo frágil. Luzia procurava se inteirar dos problemas do marido, mas era em vão.

No passar dos meses, quando Luzia percebeu, já estava com mais de cem páginas escritas de um romance ainda sem nome. Começou a considerar a possibilidade de terminar e tentar publicar. Enquanto pensava, teve uma súbita vertigem.

Na empresa, Raffaello estava preocupado com a onda de boatos que falavam sobre possíveis cortes. Segundo os boatos, que começaram na matriz, os cortes eram para os salários mais altos. Raffaello encaixava-se na situação.

Luzia resolveu fazer um check-up. Com quarenta e sete anos, não podia brincar com a saúde! Não precisou de muitos exames para receber o diagnóstico. Estava grávida!

Com muito tato, contou para Raffaello. Não tinha tato que desse jeito! Raffaello desesperou-se e por maior que fosse o esforço, não conseguia disfarçar sua decepção e preocupação. Lembrou-se da onda de boatos.

Com a gravidez de risco, Luzia precisava de acompanhamento constante, e Raffaello, a cada dia mais, dedicava-se totalmente à empresa, tentando escapar do antigo boato, que acabou tornando-se realidade.

O terceiro filho, uma menina, nasceu: Rafaela. No dia seguinte, nasceu um desempregado: Raffaello.

Luzia acalmou o coração do esposo dizendo que com a experiência que ele tinha, conseguiria uma nova colocação com facilidade.

Procurou head-hunters, empresas de recolocação e o escambau. A idade, cinquenta anos, era um dos impedimentos; o antigo salário era outro.

Com os filhos próximos de ingressar na universidade e com um bebê para cuidar, a poupança acumulada não iria durar muito tempo.

Luzia decidiu procurar emprego e Raffaello, ainda que contra, achou que poderia ser uma saída. O único senão, era pra quem cuidaria do bebê. Decidiram que enquanto um saía, o outro ficaria em casa.

O início foi contrastante. Luzia empolgada com a ideia e Raffaello desenhando um futuro desanimador.

Enquanto procurava uma colocação, Luzia decidiu apresentar seu romance, já terminado, para diversas editoras. “Quem sabe?” — pensava ela.

Em casa, Raffaello via-se às voltas com fraldas, mamadeiras, banhos e papinhas. Para economizar, decidiram não contratar uma babá.

Luzia conseguiu ser contratada por uma editora, que estava iniciando, para atuar no departamento de marketing. Pronto! O cenário ficou definido e Raffaello, desesperado com a nova situação. Seria sustentado pela esposa!

Luzia agia diferente. Chegava em casa e queria contar tudo para o marido. Raffaello escutava e, cada vez, afundava mais.

O tempo passava e Raffaello não se conformava.

Quando Rafaela estava com um ano e meio, uma mudança começou a acontecer. Ela disse “papai”! Foi uma alegria diferente que ele sentiu, uma emoção que não era comparável com nenhuma que já tivesse sentido. Comprou uma garrafa de champanhe para comemorar com a esposa, quando ela chegasse.

Naquela noite, Luzia não chegou na hora habitual. Nove horas, dez horas, e nada. Chegou às 23h.

Raffaello não quis saber se o trabalho exigiu ou qualquer outro motivo. Estava fulo e achava-se com razão! Não lembrou das inúmeras vezes que o mesmo aconteceu com ele. Nessas horas, toda a educação patriarcal que recebeu, veio à tona.

Ter que dar satisfação para pedir dinheiro à esposa, ainda que não fosse cobrado para agir assim; não poder sair no final do dia para o happy hour, eram situações “constrangedoras”. Ele, que tanto falava sobre enfrentar as mudanças, não conseguia enfrentá-las agora.

No dia seguinte, Luzia contou que o atraso aconteceu porque a editora resolveu publicar o seu livro.

— Que livro?

— O que eu escrevi nas horas que ficava só e quando você chegava tarde.

— Bom. — Raffaello sentiu a alfinetada. — Por que nunca me contou?

— Você nunca se interessou!

— Agora estou interessado. Posso lê-lo?

Luzia entregou o texto e, já ia saindo, quando Raffaello contou que a menina tinha falado papai. Disse isso com um certo gosto de vingança e percebeu uma lampejo de ciúmes na esposa.

Resolveram sair à noite para comemorar e colocar em dia uma conversa, que há muito estava sendo adiado.

Hoje, Rafaela já está com seis anos. Raffaello continua como “dono de casa”, mas consegue, uma vez ou outra, fazer uma assessoria ou uma consultoria. O livro de Luzia não foi um sucesso que permitisse seguir a profissão de escritora mas, com seu trabalho, chegou ao cargo de gerente de marketing na empresa.

Os dois entenderam que a vida deles tinha que ser totalmente compartilhada. Perceberam que os problemas de trabalho não são, simplesmente, deixados no trabalho, assim como os problemas domésticos não ficam aguardando em casa. Compreenderam que a atuação de um, é tão importante quanto à do outro. Hoje eles têm a consciência de que arestas sempre haverá e que somente o diálogo, de peito aberto, poderá apará-las.

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13.10.09

Mineirinha n’Alemanha – Sandra Santos

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O livro “Mineirinha n’Alemanha” fala sobre como driblar o choque cultural no país, descrevendo muitos de seus costumes e desvendando aspectos nem sempre claros de sua cultura. “A autora não só retrata o sentimento de como é viver em um país diferente do país natal, mas também fala dos requisitos para obter a cidadania alemã, de questões ligadas ao mercado de trabalho alemão para estrangeiros, além de contar muito da vida dentro do país e falar de temas da atualidade brasileira e alemã”. Leia mais…

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22.9.09

O Flerte

Por Silvio T Corrêa

Parecia que o pé esquerdo tinha vida própria. Afinal, não era possível estar com aquele mau humor se eu não estivesse levantando, todo dia, com o pé esquerdo.

Mas também, sei que não sou o único. Todos nós temos os dias de mau humor. Uns mais e outros menos. Faz parte da nossa vida e além do mais, o poste não fica de mau humor; só gente fica.

“Sei que vai ter alguém dizendo que os animais e, talvez, as plantas, também fiquem de mau humor. Pois bem. Perdoem minha licença poética e entendam, se preferirem, “gente” como sendo todo ser vivo. Melhorou?”

Voltando à nossa conversa.

Eu estava, então, num dia daqueles. Da manhã até a noite, era aquele mau humor.

Pois eu vinha pra casa, sentado naqueles bancos laterais do Metrô, quando senti uma leve quentura no corpo. Pensei logo na gripe. Mas não. Era um olhar. Talvez maroto, talvez brincalhão ou quem sabe, apenas curioso. Contudo, era um olhar forte. Uma mulher bonita. Mexeu comigo!

Ah! O mau humor foi embora naquele instante.

O flerte é algo muito bacana. O Aurélio chama de namorico, mas nem isso é. É algo que antecede, em muito, o namoro. Muitas vezes é só uma troca de olhares, um sorriso; um abaixar a cabeça, meio sem graça. Isso pra mim é o flerte. Além disso já é azaração e aí, faz quem pode, ou quem acha que pode. Eu fico no flerte.

Mas o flerte também ocorre na vida profissional. Da mesma forma, tem a capacidade de afastar o mau humor e o desanimo. Quem ainda não falou algo pra quebrar o gelo na hora de entregar um cartão de visita, perdeu uma oportunidade de flertar com um possível cliente.

Na época da jurássica ficha telefônica, existia um cartão de visita em que no verso tinha um pequeno envelope colado. Dentro; uma ficha telefônica. O gelo era quebrado e o espaço pra conversa, se abria.

Flerte não é traição com alguém ou com alguma empresa. Flerte é uma ferramenta pra medir, para testar você. Seja no mercado profissional ou pessoal.

Em todos os casos, não pode partir, direto, pra azaração, pro ataque. O flerte é sempre necessário e é preciso saber fazê-lo.

No flerte profissional, é sempre bom ter alguém que faça as apresentações no momento certo.

Também não adiantará ser apresentado a alguém que está numa roda com mais cinco amigos — a não ser que o assunto seja sua “expertise”. O máximo que você irá conseguir é ter o seu cartão enfiado no bolso de um paletó.

O flerte profissional, além de testar seu poder de vendedor, de ampliar sua rede de contatos, alivia sua prostração pelo salário baixo, pelo atual cliente que só sabe reclamar, pelo colega que a toda hora pede sua ajuda pra fazer o trabalho dele, e demais chateações diárias. Novos horizontes são abertos. O “gás” aumenta!

Vem cá. Vamos nos ver no Ponto de Encontro?

Se você ainda não faz parte, participe do Ponto de Encontro pra continuarmos a conversar.

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12.9.09

O Quase

Por Rodrigo Marques Barbosa

É o quase que me incomoda, a incerteza da consumação do fato, a palavra mal dita, o espirro enrustido.

É o meio, a indecisão, o titubeio, a vacilada, o quase que me desgasta, me corrói, me indispõe.

É o morno que vomito, nem quente, nem frio, nem tudo, nem nada, só o quase que me irrita.

É a vontade que fica suspensa, o desejo que não se revela, o beijo que não encosta o lábio alheio, o abraço quase apertado.

É o sexo nas coxas, a virtude de barro, o engasgo do vernáculo, o bocejo quase aberto.

É o amor não dito, a paixão suprimida, a liberdade rechaçada, o quase viver que me consome.

E, às vezes, eu quase não me dou conta dos quases que me convêm, dos quases que fazem desdém, dos quases que incomodam.

Mas o quase mais doído é o amigo meio-termo, a amante nebulosa, a cerveja que esquentou.

A única certeza que tenho, o único antiquase da minha vida é o agora.

O agora não é quase antes, nem quase depois. É agora. O antiquase que aprovo.

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3.9.09

Ser ou não ser, eis a opção.

Por Luis França

Qual o nosso limite? O quanto aguentamos antes de estourar? Até quanto suportamos as divergências antes de explodirmos? Como perceber a linha tênue que separa a razão do descontrole total, da raiva, ou mesmo do ódio, a ponto de esquecer a civilidade e reagir, ainda que por instinto? E, depois de feito, existe chance para o arrependimento?

Falando por mim -- e creio que a maioria das pessoas seria assim -- até que sou muito tranquilo. Normalmente meu pavio é longo, reflito muito sobre as respostas, atitudes a tomar: penso, pondero, calculo, aguento, engulo sapos, esqueço com facilidade as ofensas e provocações, piadinhas idiotas de qualquer mente sem cultura; sou quase inerte a isso.

Mas tem hora que tenho medo dos meus pensamentos. Como não tenho sangue de barata, a minha cabeça ferve, a adrenalina aumenta, a visão angula, a mente fica a mil, o radar afunila no alvo e confesso que tenho vontade de reverter essa mansidão, enfiar o pé na jaca e partir pra cima, retrucar, ofender, até humilhar, cuspir na cara; vontade de entrar no embalo da gritaria, de responder à altura -- inteligência não me falta pra isso --, vontade de emburrecer só pra baixar ao nível da ignorância alheia e vomitar as minhas pragas, afinal, meu ouvido não é pinico... E mesmo que fosse, em algum momento eu teria que esvaziar o potinho, devolver o lixo ouvido à força para a origem. Nas raras vezes em que isso aconteceu, eu destruí a afronta, ainda que havendo consequências rolou muito pouco arrependimento.

Não é fácil engolir desaforo gratuito de quem quer que seja, principalmente quando este não faz ideia do que diz, é pessoa imprestável, falsa, mediocre, pobre de um mínimo de moral, debilitada espiritualmente e de alma vazia, impoluta; um lixo, inútil; uma piada de mal gosto e pior, mal contada. Um ser míope, maldito infeliz, oportunista; instrumento do mal que vive tentando tirar a paz de outros, um desgraçado fazendo hora no mundo.

Felizmente, quando estou a ponto de me rebaixar, imediatamente me vem um sentimento de dó, de piedade e angústia por ver que alguém pode chegar a um ponto tal de mutilação da própria estima e existência que me dá vontade de derrubar uma lagriminha.

É duro ver o miserável se vender por qualquer merreca, largar a família, viver uma imundície de vida em troca de um prazer efêmero, para depois ficar chorando as próprias mazelas, e apontando as pessoas em volta, como se os outros fossem responsáveis pela sua própria miséria ou ruína. Acredito que é doença espiritual seguir essa podridão de vida... É neste momento que começo a ter estes sentimentos benevolentes, graças a Deus.

Por fim, temos que entender e respeitar as opções das pessoas, afinal, limites também se escolhe. Pena quando não sabem fazer isso direito, coitadas. E, Deus nos livre de um coração peludo e rancoroso...!

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25.8.09

SOFT SKILLS – UM DESAFIO PARA O PESSOAL DO RH

Por Cleyson Dellcorso

Algumas vezes substituímos os moveis da empresa por outros de design mais moderno ou de cores mais atraentes e não observamos impacto significativo nos resultados da organização.

Isto acontece também com alguns profissionais, que mesmo sendo excelentes técnicos, se substituídos por outros de igual capacidade técnica, pouco influenciarão no desenvolvimento das operações.

Existe um diferencial em cada colaborador que o distingue dos demais - são os soft skills ou competências não técnicas. Quando temos em nossa equipe elementos que sabem manter um bom relacionamento, que têm criatividade e ética, que sejam alegres e motivados, certamente se este funcionário for substituído o desempenho da equipe será pior, a menos que seja substituído por outro de igual capacidade técnica e competências comportamentais semelhantes.

Infelizmente muitas empresas ainda selecionam profissionais apenas pela sua experiência e conhecimento técnico, porém quando são colocados em uma equipe não agregam valor e até atrapalham em atingir os objetivos. Peter Drucker disse que “somos contratados pelas competências técnicas e somos demitidos pelas nossas competências comportamentais”, o que evidencia a importância do comportamento do colaborador.

Soft Skills são o grande desafio para o pessoal do RH que para conduzir uma boa seleção deverá conhecer detalhadamente os processos internos, a cadeia produtiva e a de valores da organização. Deverá também ter um detalhamento criterioso das competências básicas não técnicas necessárias a cada função. Somadas a estas competências deverão ter definidos os comportamentos comuns desejados em todos os níveis, características estas que farão a imagem da empresa perante o mercado e mesmo entre os próprios funcionários; é o conjunto destas características que auxiliam a empresa a se tornar the best place to work.

Se o setor de Recrutamento e Seleção tem a importante tarefa de buscar no mercado os profissionais que estejam alinhados com a missão e os valores da empresa, não menos importante é a responsabilidade do setor de Treinamento e Desenvolvimento que paralelamente ao treinamento técnico operacional deverá dedicar especial atenção ao aprimoramento comportamental dos colaboradores que, por uma razão ou outra, foram admitidos apenas pelas suas competências técnicas ou pela experiência na função.

Pessoalmente acho mais econômico e vantajoso recrutar um profissional que tenha as características comportamentais alinhadas com as da organização, porém de menor nível de especialização que um excelente técnico que tenha deficiência nas áreas de soft skill, pois tecnologia com razoáveis programas de treinamento ou mentoria pode ser adquirida com rapidez, mas mudar hábitos de anos é muito mais difícil, mas não impossível.

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SOU TECNOBREGA

Por © Mario Persona

http://www.mariopersona.com.br/cafe/archives/00000256.htm

Veja você, eu era tecnobrega e não sabia! Não sabe o que é tecnobrega? Trata-se de uma grande sacada para a produção, promoção, venda e distribuição de conteúdo artístico e intelectual.

Coisa de Brazil com "z" na literatura lá fora.

Junte tecnologia, pirataria, mau gosto e criatividade, bata com muito ritmo, e o tecnobrega está pronto pra inglês ver. O modelo de negócio é citado no livro "Free - O futuro dos preços", por Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired e também autor de "A Cauda Longa". A versão em áudio do livro "Free" é... FREE! (link abaixo)

A idéia não é nova. Há dez anos escrevi sobre o que aprendi com Kevin Kelly, co-fundador da Wired, que também entrevistei na época.

Funciona assim: quanto mais rara a coisa, mais cara fica. Por outro lado, quanto mais abundante, mais o seu preço tende a zero. ZERO!

Respire fundo e você vai entender.

Quando alguns artistas paraenses perceberam que o atual modelo de distribuição de música estava no bico do corvo, decidiram inovar.

No passado o artista só ganhava quando tirava a viola do saco, porém a tecnologia permitiu que ele e a viola ficassem em casa, enquanto a música viajava e faturava no som gravado.

E foi nesse céu de brigadeiro que a indústria fonográfica voou enquanto a tecnologia de gravação e distribuição estava restrita a quem podia pagar por ela. Mas alegria de rico também dura pouco, e a abundância tecnológica fez esse custo tender para... ZERO!

Isso mesmo, não custa nada para o carinha copiar a música e passar para trocentos amigos na Internet. A mesma tecnologia que mandou o artista enfiar a viola no saco e ficar em casa, avisou que agora é hora de cair na estrada, como no tempo dos menestréis. É mudar ou morrer.

Tecnobrega é a alternativa viável para os novos tempos. O músico grava seu som num estúdio caseiro ou alugado e entrega o CD para o camelô piratear à vontade. Ok, foi resolvida a questão da gravação e distribuição a preço de banana, mas o que o artista ganha com isso? Nada, mas fica conhecido.

O dinheiro vem das apresentações ao vivo, que também são gravadas em DVDs e CDs e entregues... isso mesmo, ao camelô. A cada volta da roda o artista é mais valorizado e mais solicitado, e pode cobrar mais pelo show. Alguém gravou um vídeo e colocou no Youtube?

Maravilha! Tem carinha pirateando o som adoidado na rede? Melhor ainda para o artista tecnobrega!

Sem querer querendo, descobri que também sou tecnobrega. Não toco e nem canto, mas escrevo, e há mais de dez anos incentivo a cópia livre e descarada de minhas crônicas. Meus textos também viram locuções caseiras em vídeo e áudio, além de alguns de meus livros já estarem disponíveis para download. FREE! Onde eu ganho? Na venda de meu trabalho ao vivo e em cores em palestras e treinamentos.

- Alô? Mario Persona? Recebi de um amigo um [texto, vídeo, áudio] de sua autoria. Você pode vir à minha empresa falar sobre aquele assunto?

É claro que vou. Só em 2008 enviei 535 propostas a solicitações assim sem fazer um único "cold call", que é quando o vendedor toma a iniciativa de ligar ou visitar um possível comprador. Este número não inclui solicitações de curiosos, mas só de empresas realmente interessadas, e equivale a enviar uma proposta e meia por dia.

Obviamente só envio as propostas inteiras.

Se fechei todas? Nem em sonho. Mas se considerar que não gastei um centavo com propaganda e a promoção foi feita no camelódromo web, posso me considerar um tecnobrega de carteirinha. Porém as semelhanças terminam aí. No mais, que me perdoem os amantes do gênero, eu ainda acho a música tecnobrega cara.

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19.8.09

A Um Passo De Mim – Márdel Cardoso

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Até que ponto você chegaria para buscar o sucesso?

O livro é o primeiro romance do autor. Depois de dois anos de trabalho de pesquisas conseguiu reunir os acontecimentos mais importantes da internet brasileira.

O livro é uma aula de empreendedorismo e coragem. Uma vida dedicada ao sonho e à magia de grandes negócios na internet brasileira. A vida marcante de um executivo que viveu intensamente sua vida em busca de um sonho.

Uma vida cheia de paixões: o vôo livre, a música, os amores e as eletrizantes ações de um homem que através da internet buscou a superação e a chance do enriquecimento. Uma vida intensa de um criativo homem cercado por fenômenos espíritas.

[ Primeiro Romance- A Um Passo de Mim ]

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Multinivel Explosivo – Sergio Buaiz

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A diferença entre os poucos que alcançam grande sucesso em suas carreiras, daqueles que trabalham, trabalham e não chegam a lugar algum, é uma palavrinha mágica chamada "foco"!

Neste negócio não é diferente! Dentre todas as pessoas que se inscrevem em uma empresa de Marketing Multinível, os poucos que chegam ao topo e ficam ricos são também aqueles que mantêm o foco, fazendo exatamente o que é revelado neste Programa MULTINÍVEL EXPLOSIVO!

http://www.multinivelexplosivo.com.br/?1453na

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17.8.09

Um Caso De Amor Com Livros

por Bernadete Piassa

Quando eu era pequena, pensava que ler era como tomar um remédio do qual só tinha permissão para tomar uma colher por vez, mas que mesmo assim ainda tinha o poder de me carregar para um mundo encantado, onde eu experimentava emoções estranhas e proibidas. À medida em que o tempo foi passando e continuei tomando aquele remédio mais e mais vezes, eu me viciei nele. Não consegui mais viver sem ler. Os livros se tornaram uma parte intrínseca da minha vida. Eles se tornaram meus amigos, meus guias, meus amores. Meus amantes mais fiéis.

Quando eu era criança e comecei a ler, não sabia que ia acabar me apaixonando por livros. Não consigo nem me lembrar de quando ou como comecei a ler. Só me lembro que minha mãe não gostava que eu lesse. Apesar disso, toda vez que tinha uma oportunidade eu me escondia em algum lugar com um livro e lia uma página, duas páginas, três se tivesse sorte, sempre sentindo meu coração bater descompassado, sempre torcendo para que minha mãe não me encontrasse e não gritasse como sempre: “Bernadete, você não tem nada pra fazer”? Para minha mãe, os livros não tinham valor nenhum, mas para mim eles eram tudo.

Na minha infância, eu não tinha muita escolha de livros. Morava numa cidade pequena do Brasil, cercada pelo Pantanal e por fazendas. Era impossível sair da cidade de carro – não havia estradas. De trem, levava-se oito horas para chegar à próxima cidade. Havia aviões, teco-tecos, só duas vezes por semana. Livros não chegavam à minha cidade facilmente. E também não havia uma biblioteca. Mas eu tinha sorte: meu tio era piloto.

Meu tio, que era dono de uma fazenda bem grande e também trabalhava como piloto transportando passageiros de uma fazenda pra outra no seu aviãozinho, tinha aprendido a voar também com sua imaginação. Em casa, ele adorava sentar na rede no jardim e viajar com suas fantasias e todos os tipos de livros. Se por acaso ele lesse um best-seller ou um romance, quando acabasse dava o livro para minha mãe que também gostava de ler, embora não gostasse que eu lesse. Mas eu acabava lendo o precioso livro de qualquer maneira, mesmo que tivesse de me esgueirar e esconder pra poder lê-lo um pouquinho de cada vez.

Eu me lembro muito bem de uma coleção de livros. Cada um deles tinha uma capa verde com o desenho de um casal se beijando. Acho que a coleção tinha sido dada para minha mãe quando ela era adolescente porque as páginas dos livros já estavam amareladas e estragadas. Embora os livros fossem velhos, para mim eles eram mais vivos do que nunca e por um tempão eu os devorei, um por um, fazendo de conta que eu era a heroína e meu amor logo iria aparecer para me resgatar… Ele nunca apareceu, é claro. Eu é que saí da minha cidadezinha para estudar e morar no Rio de Janeiro, levando apenas minhas roupas comigo. Mas dentro de mim eu levava a paixão por livros que nunca iria me abandonar.

Eu tinha sido mandada para estudar num internato e logo fiquei horrorizada ao descobrir que a caríssima escola só para meninas tinha menos livros do que na minha casa. Na minha classe havia uma estante com quem sabe cinqüenta livros, a maior parte deles sobre a vida de santos ou de Cristo. Eu quase já tinha perdido as esperanças de achar alguma coisa pra ler quando percebi, escondido atrás, bem no fundo da estante, um livrinho coberto de poeira. Ele não parecia ser sobre religião porque tinha um nome mais curioso: “O velho e o mar”. Era escrito por um autor do qual eu jamais tinha ouvido falar: Ernest Hemingway. Intrigada, comecei a lê-lo e alguns minutos depois já estava fascinada por Santiago, o pescador.

Amei tanto aquele livro que quando fui pra casa da minha tia para passar o fim de semana, perguntei se ela tinha outros livros daquele autor. Ela me emprestou “Por quem os sinos dobram,” e eu o li aos domingos quando podia sair da escola, um pouquinho de cada vez, uma colher de cada vez…Aos treze anos, eu estava perdidamente apaixonada por Ernest Hemingway.

Quando acabei de ler todos os livros dele que eu podia encontrar, descobri na casa da minha tia Herman Hesse, Graham Greene, Antonio Callado, Edgar Allan Poe. Como eu só podia lê-los aos domingos, durante a semana eu sonhava com o mundo que eu tinha descoberto através dos livros.

Naquela época eu pensava que meu relacionamento com livros era estranho, uma coisa que me separava do mundo. Só quando li o conto “Felicidade clandestina,” de Clarice Lispector, fui descobrir que outras pessoas podiam gostar de livros tanto quanto eu. O conto é sobre uma menina gorda e feia que ainda assim consegue torturar uma das meninas mais bonitas da cidade porque o pai da menina feia é dono de uma livraria e ela tem acesso a todos os livros que possa querer. Com refinamento sádico, dia após dia, ela promete dar à menina bonita o livro que a menina quer, mas nunca cumpre a promessa. Quando a mãe da menina feia descobre o que está acontecendo e dá o livro pra menina bonita, a menina corre pelas ruas abraçando o livro. Em casa, faz de conta que o perdeu só para poder encontrá-lo, demonstrando uma paixão por livros que me deixou inebriada. Pela primeira vez eu não estava sozinha. Sabia que alguém mais gostava de livros tanto quanto eu.

Minha paixão por livros continuou através da minha vida e teve que vencer um obstáculo tremendo quando, aos trinta e um anos de idade, me mudei para Nova York. Como eu quase não tinha dinheiro, fui forçada a deixar todos os meus livros no Brasil. Além disso, meu inglês era precário e não podia ler nessa língua. Por alguns anos fui condenada novamente à escuridão; condenada a viver sem livros, meus amigos, meus guias, meus amantes.

Mas meu amor por livros era tão grande que finalmente transpus aquele obstáculo. Aprendi a ler em inglês e mais uma vez pude deleitar-me com meus autores favoritos.

Apesar de os livros sempre terem feito parte da minha vida, eles ainda representam um mistério pra mim e cada vez que abro um livro novo ainda me pergunto que prazeres vou descobrir, em que estradas vou viajar, que emoções vou viver. Será que esse livro vai me tocar como mulher, como estrangeira, tocar minha alma romântica, despertar minha curiosidade? Que horizontes vão se abrir para mim, que pedaço da minha alma será atingido, qual segredo será revelado?

Às vezes o livro me seduz não apenas pela história que conta, mas também pela escolha de palavras do autor. Lendo o conto de Gabriel Garcia Marquez “O homem afogado mais bonito do mundo” eu mal posso acreditar quando ele escreve que tinha levado “uma fração de séculos para o corpo cair no abismo”. Uma fração de séculos! Leio as palavras várias vezes, apaixonada por elas, pela sua precisão, pelo seu sentido oculto. Tento memorizá-las sabendo, ao mesmo tempo, que elas já são parte de minha alma.

Depois de ter lido tantos livros que me tocaram profundamente, cada um de um jeito especial, entendo agora que minha mãe tinha razão quando tentava me manter longe dos livros na minha infância. Ela queria que eu ficasse na minha cidadezinha, casasse com um fazendeiro rico e chato para continuar com as tradições. Mas os livros me carregaram pra longe. Eles me deram asas pra voar, para descobrir lugares novos. Eles me deram coragem pra viver um tipo diferente de vida. Eles me fizeram desejar mais, e quando não pude ter tudo com que havia sonhado, os livros ainda estavam lá para me confortar e me mostrar novas opções.

Sim, minha mãe tinha razão. Livros são perigosos, são subversivos. Por causa deles, deixei um futuro previsível por um imprevisto. No entanto, se tivesse que escolher de novo, sempre escolheria os livros em vez da vida sem brilho que poderia ter vivido. Afinal de contas, que alegria poderia ter sem meus livros, meus amantes mais fiéis?

“Um caso de amor com livros” foi publicado em inglês no livro Keys to Better College Reading, da editora Townsend Press; no livro Preparing for the New Jersey GEPA, da editora Amsco; nos livros College Writing Skills With Readings, e Writing Paragraphs and Essays da editora McGraw-Hill.

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9.7.09

A Casa Rosa da Rua Alice

Por Silvio T. Corrêa

Famosa por suas atividades, a Casa Rosa da Rua Alice, no bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro, tem muitas histórias de homens galinha. E de não galinha também, mas este não nos interessa.

Palco de várias iniciações, muito homem galinha iniciou ali as suas atividades e durante o passar dos anos, usava a casa, quando o seu charme não estava lá essas coisas e já passava das 2h.

Conta a nossa história que Gallus, ainda com 15 anos, era um rapaz viril. Levado pelo irmão mais velho para a sua primeira vez, Gallus ficou boquiaberto com a quantidade e a qualidade do material encontrado.

Passou uma hora, duas, três horas e Gallus, tímido, nada fez. Voltou pra casa sem a iniciação à galinhagem.

Na semana seguinte, Gallus foi tentar novamente. Estava resolvido em vencer a sua timidez.

Sentou na mesa e pediu um cuba-libre. Bebericava e apreciava o desfile das beldades. Gostou de uma, morena, em particular. Contudo, não sabia como mostrar seu interesse. Continuou olhando e aguardando que surgisse uma ideia de como se aproximar. Não foi preciso.

A morena, vendo a hesitação de Gallus e a sua agitação, chegou-se à mesa e pediu licença pra sentar. Gallus pediu um cuba-libre pra ela.

Conversa daqui, conversa dali, Gallus foi relaxando e descontraindo.

Nisso, ele percebeu que uma mão passeava por sua coxa. Não demorou 5 minutos e de mão dada com a morena, tentando caminhar por uma reta imaginária, foi para o quarto.

Por força do cuba-libre, Gallus se jogou na cama. A morena pediu licença, dizendo que já retornaria. Mas não foi a morena que retornou.

Uma loura escultural entrou no quarto.

Gallus — contou depois — achou que estava dormindo. Mas não! A loura estava ali e caminhava, de gatinho, por cima da cama. Na sua direção.

Já estava por cima de Gallus. Ele podia sentir a temperatura fria da pele dela. Quando então, aconteceu! A loura sumiu! Desapareceu!

A morena entrou no quarto e Gallus, com os olhos esbugalhados, juntava as roupas e saía.

É verdade que Gallus teve sua iniciação, mas até hoje ele não sabe com o que ou com quem.

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