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16.4.10

Fragilidade.

por Luiz França

Caríssimos leitores, confesso: sou um homem fragilizado. Explico: vivemos uma era de conflitos, de concorrência de poderes, da confrontação com o passado, de questionamentos sobre nossa superioridade, da agonia de sermos quase substituíveis - eu disse quase e é por enquanto -, de solidão e carência afetiva e até depreciação da estima.

Desde o tempo das Amazonas - e eu ainda acredito que eram mitos, mas...- "nunca antes na história deste" planeta as mulheres estiveram tão por cima, tanta autonomia de escolha e opiniões contundentes. Os homens do passado tentaram de tudo para subjulgá-as - mesmo à força -, enquadrá-las, torná-las dependentes e vulneráveis, mas aos poucos elas foram descobrindo a força que tinham e de passo em passo foram reconquistando seu espaço, seus direitos e sua liberdade. Tornaram-se competitivas e independentes. Fizeram de nós, com muita doçura e habilidade, meros expectadores de seu sucesso. Fez-nos parecer caixas de sabão em pó numa gôndola de supermecado, restando-nos a sorte de sermos escolhidos num monte de iguais.

Toda mulher é, sem dúvida, uma sereia que com seu canto e encanto leva qualquer homem ao abismo da dependência e devoção, e nós adoramos. Faz de qualquer um, do inocente ao mais experiente um gatinho que lhe massageie sovando dos pés ao ego.

Na verdade, sabíamos disso desde o começo. Somos o lado mais frágil da espécie e apenas tentávamos ocultar isso. Da pior maneira, queríamos dominar para não sofrer. Porém, tudo não passou de um blefe.

Hoje, não escolhemos: somos escolhidos. Fingimos dominar uma verdade que elas nos fazem acreditar. E vibramos. Sem elas não temos rumo, não construimos algo e nem ao menos futuro. As mulheres são como droga que entorpece, vicia e mata se as deixarmos. Mas percebo que detestam que as tratemos só com delicadeza o tempo todo. Precisam do desafio, são umas loucas. Gostam de se divertir conosco, como felinas brincando com um ratinho, antes devorá-lo. Só nos resta o amor próprio porque o orgulho já foi pro ralo faz tempo. Era tudo o que queríamos, acredite.

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