/** Código do Google Analytics */
Participe do EAE no LinkedIn Participar
Participe do EAE no Yahoo Participar

20.8.10

Sobre o preço dos livros

por Rafael Rodrigues -- Digestivo Cultural

...
O preço de custo de um livro com cerca de 150 páginas pode chegar a ser até 5 reais, na hipótese de uma tiragem de 1000 exemplares. Sim, 5 reais. Isso depende da gráfica onde será impressa a obra, no caso de você ser um autor independente. Para as editoras, o preço de custo pode ser um pouco maior. Um título da CosacNaify, por exemplo, com certeza custaria mais que isso. Mas um pocket da L&PM pode custar bem menos. Depende muito da tiragem, do tipo de edição, do trabalho que envolveu a edição da obra. Foi feita uma nova tradução? A capa é dura? Um grande autor escreveu a orelha? Foi necessário contratar especialistas para fazer uma revisão técnica do livro, além da revisão textual? Tudo isso gera maiores gastos. Portanto, vamos trabalhar com um valor médio de 10 reais.

leia a matéria

Leia mais…

18.8.10

Sobre a atividade de escrever.

Postei esse texto na comunidade EAE – Escritores, Autores & Editores, no LinkedIn.

Por achar um tema importante e porque muitos que recebem o aviso pelo Twitter atuam como escritores, resolvi postar o texto por aqui.

Quem quiser acessar a comunidade, clique aqui.

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x—x-x-

Postei a matéria do Digestivo Cultural com a entrevista com o autor Ryoki Inoue, sem antes ler a matéria. O periódico Digestivo Cultural é confiável.

Fui ler antes de deitar. Pra que?!! Quase não dormi à noite, pensando no que havia lido.

Pra quem pretende ser escritor e quer, tentar, viver disso, é uma bela pancada na moleira.

E o "pior" é que não há como discordar do que diz o Ryoke. Depois que decidir tentar ser um autor bem sucedido, você escreve ou escreve. Não existe outra saída.

Eu, particularmente, tenho a visão desse autor quanto a literatura de entretenimento. Já cheguei a comentar aqui, no "Escritores, Autores e Editores", que literatura boa, para mim, é aquela que traz prazer ao leitor.

Eu não sei em relação aos demais escritores (publicados ou não) mas eu, Silvio Corrêa, preciso encontrar uma forma de produzir e publicar os livros que escrevo. Claro que com essa visão, eu acabei fazendo um retrospecto da minha vida como escritor e quero compartilhar com vocês, esperando que vocês também compartilhem a própria experiência. Talvez possamos, assim, gerar um material que auxilie aos que agora iniciam.

Quando comecei a escrever e publicar em jornal, não pensava em ser um autor (escritor com livro publicado). Queria escrever apenas artigos e crônicas, que na época falavam sobre Qualidade Total e alguma coisa de relacionamento.

Durante muitos anos fiquei nas crônicas, artigos e contos, disponibilizando-os em jornais e, posteriormente, em sites da internet.

Minha formação, como engenheiro e analista de sistemas, me permitiu atuar como engenheiro, analista, consultor, facilitador de treinamento e professor universitário, também nas áreas de Qualidade Total e Gestão de Pessoas. Essas atividades sempre me permitiram uma boa vida. Sem luxos, mas uma boa vida. Em 2003/2004, com 48 anos, resolvi assumir a carreira de escritor.

Sabia que iria depender do apoio financeiro da Walkíria, minha esposa, para sustentar a casa. Minha reserva não era grande.

Acho que meu primeiro erro foi não alugar -- nem que fosse um quartinho -- um local para desenvolver minha nova carreira. Talvez, por não contribuir com os proventos da família, não quis contribuir com os gastos. Ainda assim, consegui escrever o "Quem Comeu minha Goiabada?".

Quem trabalha ou trabalhou em regime de home-office, tem uma família e não tem uma "secretária do lar" para limpar, passar e cozinhar, sabe que essas preocupações acabam tomando conta. Ou você deixa tudo de lado, a casa fica bagunçada, não há comida pronta e as roupas estão sempre amarrotadas, ou o senso de responsabilidade (ou "dor de corno" por estar sendo um peso "morto", já que são raros os apoios e muitas censuras ) faz com que você tome a frente e, pelo menos, arrume e cozinhe. Foi o que ocorreu comigo e ainda ocorre -- hoje menos, pois os filhos cresceram, mas ainda estão em casa.

Publicar -- papel e cola; e-book; POD ; e-readers -- é um debate muito importante, mas não posso publicar se não tiver "o que" publicar. Preciso escrever.

Eu não tenho preconceito contra nenhuma vertente literária. Seja auto-ajuda, terror, fantástica, "água com açúcar", suspense ou outro. Eu acho que é preciso produzir.

Hoje, acho que não colocaria o "Quem comeu minha goiabada?" como um e-book copyleft. Cobraria, nem que fosse R$1,00 ou R$2,00, mas faria o leitor pagar alguma coisa pelo meu trabalho.

Brasileiro -- não sei se apenas nós -- tem a mania de: "de graça, até injeção na testa". Então, baixar um e-book gratuito, mesmo que não se pretenda lê-lo, é tranquilo e acontece sempre. Por isso a discrepância tão grande entre o que meu livro baixou como e-book e quanto ele vendeu como "papel e cola".

Então, fica difícil para eu colocar o "derrière" na cadeira e pesquisar, escrever, pesquisar, escrever... No último conto -- 7 páginas no A5 -- que escrevi do livro atual, foram gastos 14 dias. É muito tempo!

Não quero debater soluções mágicas e/ou mirabolantes. Gostaria de "ver" experiências com as quais pudéssemos aprender.

Grandes abraços,

Silvio T Corrêa

Leia mais…
diHITT - Notícias